terça-feira, 9 de abril de 2013

"Os 'ismos' não prestam"

Ok, um pouco mais cedo eu estava no facebook e me deparei com a seguinte imagem:


Escrevi um texto expressando minha opinião sobre esta imagem, mas por não querer expor a pessoa que postou a um constrangimento(e por estar tão de saco cheio demais pra discutir sobre), resolvi trazer meu texto até o blog(sugestão de um bom amigo que pode se pronunciar nos comentários se vir a calhar). Bem, sem mais delongas, aí vai:

O dever de um político é criar ordem em um governo, se este desvia dinheiro, corrompe ou não gere uma boa administração, ele é passível de crítica. O dever de um padre ou pastor é ensinar a palavra de amor da divindade de sua escolha, se este se senta num trono de ouro ou se aproveita da fé alheia para lucrar em cima desta, ele é passível de crítica. O problema não é o político, o padre ou o pastor serem quem são, o problema é o desvio ético e social no comportamento destes. A crítica não abrange todos que trabalham na política ou fé, apenas os que saem da trilha da moralidade. Pode-se criticar um homossexual por ser corrupto se este o for, por ser hipócrita se este o for, mas nunca por ser homossexual, isso é apenas se permitir cegar pela própria ignorância, é criticar um sapo por não ter asas ou um macaco por não ter escamas; é criticar um político porque outro roubou ou um padre/pastor pois seu colega de trabalho se desvirtuou da palavra de seu deus. Sou heterossexual, ateu e sem fortes convicções políticas e vim aqui defender o comportamento homossexual sem atacar a religião ou a política. Se estamos sob o poder de uma ditadura, afirmo ser uma ditadura formada pelas paredes hermeticamente fechadas da mente social, e não por comportamento sexual, seja este qual for.

Bem, tá aí. É um bom alívio poder compartilhar a opinião aqui, preciso lembrar que este blog ainda existe mais vezes.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Quem (se) importa


No dia seguinte
É seu aniversário.
Demais.

Ele decide
fazer uma experiência:
leva a mão
ao mouse pra ocultar
a data.

Quem será que vai lembrar?
Quem vai comentar?
Quem vai parabenizar?

Boa parte
das pessoas que convidou
não foram.
Viajaram, esqueceram, desmarcaram.
Apenas.

Alguém vai lembrar?
Alguém vai comentar?
Alguém vai parabenizar?

O dia passa
E alguns aparecem,
Poucos ligam.
Os que mais importam,
Mas não todos.

Outros poucos ligam,
Alguns não eram, afinal,
Tão importantes.

O dia passa
Até, finalmente, o fim
Então acaba
E ele faz aparecer
A data.

No ano seguinte
Não vai ocultar
Mais.
Tirinha pelos gêmeos Fábio Moon e Gabriel Bá

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Metamorfose ou Como a Fantasia Sobreviveu às Tormentas do Tangível


Há menos de dois anos eu era outra pessoa. Tinha sonhos e ambições quase completamente diferentes dos que possuo hoje. O tempo molda, o espaço adapta. Eu era só um estudante do terceiro ano, me preparando para a frieza seletiva objetiva do vestibular. Era um tempo de pura lógica lançando sua sombra em seres ilógicos.

Jovens adultos, velhas crianças, adolescentes sem nada a perder e com tudo a disperdiçar, cheios de ambições e sonhos – alguns reais, outros nem tanto – que talvez nunca fossem se realizar. Corações abertos para paixões imaturas, mentes abertas para um novo mundo; Um mundo que mostrava-se tão perto quanto longe. Teríamos que lutar pelo que mais almejávamos: Uma vaga em uma faculdade. Um passaporte para o futuro.

Será?

Muitos de nós lutaram e falharam. Outros ficaram atrás da batalha, acomodando-se, descansando. No meio destes últimos, alguns conquistaram a vitória. Sem esforço. Sem suor. Sem luta. Eu fui um destes.

Será?

As vezes eu me pergunto se mereci, me pergunto se estou satisfeito, se não foi tudo uma piada de mal gosto. Nunca soube responder; Talvez nunca saiba. Mas desde jovem venho, repetidamente, aprendendo uma lição importante. A vida cobra seu preço.

Sonhos morrem, ambições caem, outras tomam seus lugares. Pessoas mudam e, por mudarem, continuam as mesmas. Para cada pequeno obstáculo ultrapassado sem a menor dificuldade no passado, uma muralha se ergue. Dificuldades que não tivemos de enfrentar tornam-se grandes sombras em nosso futuro. Quem nunca precisou escalar pequenas paredes terá dificuldade em subir grandes montanhas. É como uma pequena crisálida, que necessita de todas as suas forças para sair do casulo e se tornar uma forte mariposa; Mas se receber qualquer sorte de ajuda para sair, mesmo que com a melhor das intenções, não terá forças para viver na Natureza selvagem. A vida cobra seu preço.

Sinto-me nostálgico por ter deixado um pedaço tão imporntante de mim para trás. Sinto-me orgulhoso de estar hoje lutando batalhas que não vivi no passado para construir meu futuro. Sinto-me amedrontado por não saber o que o amanhã guarda. Afinal, se eu mudei tanto em tão pouco tempo, como saber se a pessoa que sou hoje viverá para contar minha história daqui para frente?

Ontem eu conhecia novas pessoas, vivia novos sonhos, cultivava velhas paixões - que talvez nunca sejam verdadeiramente deixadas para trás -, lutava por outros ideais. Queria ser um médico-escritor, não para escrever sobre medicina, afinal, sempre fui um grande amante de fantasia, mas para poder viver na beirada de dois mundos. Um real, sólido e coletivo, e um só meu, intangível e abstrato.

Hoje trabalho numa fria realidade, dura quando deve ser, mas que também sabe se apresentar dócil quando necessário. Quanto as viagens fantásticas que eu sentia tanto prazer em fazer? Se resumem a meros pitacos de inocência quando a nostalgia consegue se sobrepujar – mesmo que em raros momentos – à gigantesca e sufocante massa de realismo que se apodera do meu ser.

O que serei amanhã, só posso indagar. Minha única certeza é que, não importa o quão real minha vida tornar-se-á de agora em diante, ou o quão rápido fria lógica apoderar-se-á de minha mente, meu coração sempre pertencerá a antiga e maravilhosa Fantasia. E enquanto assim for, meus sonhos e paixões mais antigas e secretas viverão dentro de mim.

E eu vivi feliz para sempre.

Fim.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Paul McCartney


Eu sinceramente devo estar a pelo menos 20 minutos em frente ao computador tentando pensar em algo pra escrever, mas eu simplesmente não consigo. Não dá pra descrever, mesmo, e sinceramente, não estou acreditando até agora que eu fui...

Tudo o que eu posso dizer por enquanto é obrigado, obrigado eu ter tido a chance de ir, obrigado pelo Paul vir ao Brasil, obrigado pelos Beatles terem aparecido no lugar certo, na hora certa e até obrigado pela vida. Eu fico realmente feliz e animado quando eu escuto o quarteto de Liverpool, e desde o show é isso que eu tenho feito. Músicas maravilhosas que fazem meu dia mais alegre estão permeando minha cabeça a todo momento, seja cantarolando “Yesterday” na van ou cantando “I’ve Just Seen a Face” na chuva.

Parece que foi ontem que eu comecei a escutar suas músicas e me surpreendi com seu som, nunca tinha escutado algo tão bom na minha vida, pra mim aquilo era algo inovador(e olha que estávamos no início dos anos 2000). Bem, sem enrolar mais, ao show.

Pois é, eu fui no show do dia 21/11/2010, com certeza a noite mais feliz da minha vida, pois como um amigo meu me disse eu não fui só no show do Paul McCartney, eu fui no show de 1/4 dos Beatles, o conjunto que me fez gostar de música, minha banda favorita, meu Beatle favorito. Foi sim tudo o que eu esperava, mas também foi muito mais do que eu poderia imaginar. Coberto de brincadeiras e danças por parte dos artistas, inclusive um arranjo musical improvisado na hora “Ohh São Paulo” divertindo todos os presentes.


As várias horas de viagem de Volta Redonda até São Paulo depois das 4 longas horas da prova da UFRJ, além das 5 horas de espera dentro do estádio, valeram a pena no instante em que Paul pisou no palco, iniciando o show com a maravilhosa seqüência de músicas "Venus ans Mars/Rock Show" e "Jet" que tirou todos os Beatlemaníacos da inércia e colocou-os para pular, gritar, cantar, chorar. Logo em seguida o simpático senhor de 68 anos pôs-se a falar, conversando com o público, utilizando de um português previamente treinado, carregado de sotaque, mas com o eterno charme inglês(que prevaleceu até durante as olhadas dele para o texto escrito em letras garrafais perto dele).

Logo depois disso teve-se início “All My Loving”, a primeira música dos Beatles que eu tive o prazer de escutar ao vivo. A massa cantava uníssona esse grande clássico junto ao seu Criador, aquele sim foi um momento inesquecível. Camisas, bonés, tênis, até calças e meias eu vi com emblemas e fotos do Quarteto sendo usados por fãs que viviam desesperadamente um dos momentos de mais satisfação em suas vidas. Assim como eu.

Rápidamente me perdi do pequeno grupo que conheci e do meu amigo Julio, mas isso não importava mais, eu havia encontrado meu Axis Mundi, o Centro do Mundo, e estava feliz. Não demorou muito também para fazer novas amizades que foram perdidas e reencontradas durante aquela movimentação constante de massa.

Não vou falar de todas as músicas do show, mas algumas em especial marcaram a noite, como “Drive My Car” que conseguiu retirar em poucos segundos toda animação de quem ainda não tinha se encantado antes(se é que tinha alguém assim), pois lá éramos todos irmãos, todos fãs unidos por um único amor, o amor pela boa música. “Let Me Roll It” me deixou um pouco mais relaxado, mas ainda sim feliz, eu estava me sentindo absolutamente realizado, o que durou até o aperto no coração com a belíssima “The Long and Winding Road”.


Peço desculpas sinceras, não estou conseguindo mesmo transcrever pra cá a montanha russa de emoções que senti durante aquele fantástico evento, como posso descrever a alegria de “I’ve Just Seen A Face” e a nostalgia de “Blackbird”? É impossível também colocar em palavras o amor que foi sentido em “My Love”, quando Paul McCartney disse as seguintes palavras em português: "Eu escrevi esta música para minha gatinha Linda, mas esta noite é para todos os namorados". Impagável. Inapagável.

Mas esse amor logo foi substituído por uma repentina saudade quando o “Beatle Bonito” disse: “Esta é para meu amigo John” e começou a tocar “Here Today”. Choro, elogios, agradecimentos, melodia. Foi tudo o que eu ouvi naquela noite. O ídolo se foi, mas nunca nos deixou.


Novamente felicidade e agitação chegaram com a música “Dance Tonight” e as engraçadíssimas dancinhas do baterista Abe Laboriel Jr. que demonstrou simpatia e senso de humor ao se levantar na bateria e desviar por alguns segundos a atenção de nosso estimado astro da noite.

Mas quem disse que esta alegria haveria retirado completamente a nostalgia do show? Esta retornou com as palavras ““Esta é para meu amigo George” seguida por Something e tocantes imagens do talentoso guitarrista, compositor e cantor dos Beatles, George Harrison, que no coração dos fãs deixou mais um espaço vazio.


Grande surpresa eu tive ao escutar “Band On The Run”, música que eu não pensei que seria tocada no show, mas foi e mais uma vez foi acompanhada pela massa. Logo depois uma sessão com algumas das melhores músicas que já ouvi, "Ob-la-di, ob-la-da", "Back in the USSR", "I've Got A Feeling", "Paperback Writer" e “A Day In the Life”, que tiraram de mim todas as minhas energias, mas meu eu cansado e sedento por mais não poderia nem imaginar o que viria pela frente, a verdadeira mega sessão que fez meu coração parar. E voltar.

Outra homenagem ao amante da paz John, com a única “Give Peace a Chance” em que milhares de balões brancos foram acendidos simultaneamente como um pedido, uma súplica por um desejo em comum, paz.

Não conseguir acreditar na realidade quando eu escutei com meus próprios ouvidos a música “Let It Be” que representa como a vida deveria e deve ser, arranjo que levou novamente milhares ao choro uníssono.

E enfim a música que eu estava mais ansioso para assistir ao vivo, a magnífica “Live And Let Die” que, mesmo eu tendo esperado por ela durante todo o show, me deixou impressionado e boquiaberto com o grandioso show de fogos de artifício que eu já vi na vida. Posso ter visto maiores e mais bonitos, mas nunca vi um tão grande em significado e lindo no coração como aquele em que os fogos esquentaram não só meu corpo, mas minha alma.


E porque não encerrar esta sessão com a clássica e amada “Hey Jude”? Música que não importa o quanto tocar, nunca ficará enjoativa, música que ressoa esperança e amor. Emociona com união e sonoridade. Foi algo que não pode ser humano, aquele momento foi divino, perfeito. E foi então, deixando os fãs cantando como nunca cantaram, que a banda se despediu.

Mas não foi só, não era suficiente nos tirar do mundo mortal, nos levar pelas nuvens, fazer-nos sentir flutuando pelas casas dos Deuses. Era necessário nos trazer de volta. E isso foi feito, com um Bis.

Em seu retorno a banda tocou “Day Tripper”, “Lady Madonna” e “Get Back”, deixando o público novamente no ápice da energia e felicidade. Fãs cantavam, casais dançavam, até os sérios seguranças se mostravam satisfeitos. E foi então que novamente partira, e novamente regressaram.

Desta vez provocando choro geral, se alguém tinha conseguido agüentar com secura nos olhos e amargura no coração até aquele momento desistiu ao ouvir aquela música, aquele símbolo, aquele eco que até agora persiste. “Yesterday”. Agradeço de verdade por eu ter tido a chance de escutar aquela melodia. Valeu a pena.


Mas quem disse que este momtento puro ficaria no ar por muito tempo? Rapidamente foi substituída por acordes novos acordes, desta vez mais agitados e provocativos, uma música antiga com um toque novo, algo que nos fazia pensar “Não é possível, de onde vem tanta energia?”. A energia veio de “Helter Skelter”. E tomou conta de todos.

Mas como tudo o que é bom tem que acabar nos veio o anúncio, as últimas músicas. "Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band” e “The End" vieram com um aviso prévio de encerramento, não falado, mas sentido. Paul brincou perguntando se nós não estávamos cansados, se não queríamos dormir, voltar pras nossas casas. Na ponta da língua de todos estava um forte “não”, sabíamos que sentiríamos falta do Ex-Beatle.

E ao sair do palco segurando em uma mão a bandeira do Brasil e na outra um urso de pelúcia, Paul McCartney tropeçou e caiu. A preocupação foi geral, medo de ter acontecido algo com aquele homem inumano envolto por uma luz especial. Mas nossa preocupação durou pouco, o Beatle se levantou e ergueu novamente os itens que segurava em sinal de triunfo. E naquela noite, ele havia mesmo triunfado.

Cantamos, rimos, choramos, pulamos, gritamos, alegramo-nos, agradecemos. Foi definitivamente a melhor noite, o melhor show da minha vida. Não espero mais nada de nenhum outro posterior, sei que por mais que seja grandioso não se equiparará. Com certeza aquela noite não será esquecida, nem por mim, nem por ninguém. Pois aquilo não foi só um concerto musical, foi elevação, fraternidade e amor. Aquele foi um Beatle.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Significado. O que essa palavra significa pra você?


De vez enquando eu fico pensativo sobre algumas coisas, resolvi que quando eu estiver assim vou esteriorizar esses pensamentos, por mais idiotas ou bobos que eles sejam aqui. Hoje em especial eu vou postar sobre um assunto sobre o qual eu conversei com meu psicólogo pouco tempo atrás. Gosto bastante dele, das consultas aprendo bastante filosofia e suas aplicações. Sem me enrolar mais vamos ao ponto.

Qual não é a importância do significado nas nossas vidas? Em qualquer coisa colocamos um rótulo e uma infinidade de significados, sejam eles bons ou ruins, mas a partir do momento em que fazemos isso o objeto se torna parte do nosso universo, podendo então nos afetar direta ou indiretamente. Vou ilustrar essas palavras com uma pequena estória contada a mim. Reproduzi-las-ei:

Eu estava estudando para uma prova que teria no dia seguinte em um antigo galpão. Foi quando de repente escutei um irritante barulho de inseto. BZZZ BZZZ BZZZ. Avistei ao longe uma Desejei que ela não viesse em minha direção, é claro, se isso ocorrese eu teria que pisar nela e matá-la, talvez para evitar que ela se levantasse e voasse em para cima de mim, talvez para impedi-la de subir na minha perna ou talvez fosse apenas por nojo. De qualquer forma eu me sentiria obrigado a matá-la e sujaria, além do chão, os meus sapatos com aquela gosma nojenta. Foi quando ela estava chegando perto, fazendo-me me preparar, que um grande calango sai de um canto escuro do galpão e engole de uma vez o grande inseto. E meus tênis ficaram limpos.

Meu psicólogo me contou esta estória para ilustrar o que estou falando. Nós damos muito significado as coisas, era apenas uma pariposa ora bolas, se eu estivesse faminto no mar e uma mariposa pousasse na minha jangada eu a comeria sem me importar com o que significa, estaria um pouco mais a salvo da fome. Mas para mim, naquele momento a mariposa grande e carnuda refletia nojo, enquanto que para o calango era apenas comida, e só.

Esta observação mais crua é chamada de Fenomenologia, uma ciência que tira completamente o significado das coisas. "Seu pai traiu sua mãe com outra? Bem, ele era apenas um homem que decidiu ter outra parceira sexual que não fosse a habitual.", "Você tem uma importante prova de vestibular chegando e precisa estudar porque isso pode mudar sua vida? Bem, é apenas uma folha de papel que vai julgar o que você sabe de determinados assuntos.".

Não estou dizendo que dar significado é errado e as pessoas deveriam banir de vez das suas vidas, mas a fenomenologia poderia ser direcionada, fazer as pessoas enxergarem grandes problemas atrávés desoluções mais simples. Algumas pessoas dão significado demais às coisas e muitas vezes esse ato as deixa doentes, obcecadas, o que pode ser controlado através deste método.

Sei que esse post parece um pouco diferente dos outros, na verdade todos os meus posts serão diferentes, escreverei o que estiver com vontade de escrever, mas estou postando isso em específico porque me ajudou a ver algumas coisas de forma um pouco diferentes e se um dia eu estiver perdido novamente posso reler meus velhos arquivos e relembrar de algumas coisas, também espero poder ajudar os poucos leitores que tenho, fiéis ou não ao blog a passar por certas dificuldades, então de vez enquando escreverei sobre filosofia e sua arte.

Que significado seus problemas tem pra você? São eles complicados de mais ou será você que os está complicando? Não tenha medo de resolvê-los e ir atrás do que você acha certo. Corra atrás de um significado positivo e fuja do que faz mal. Só você pode selecionar o que vai afetar ou não sua vida. Você é dono de seu próprio universo. Dono de um universo de significados.

domingo, 17 de outubro de 2010

Dois minutos para meia noite


Cinco minutos atrás eu nem estava lembrando que tinha um blog, nem passava pela minha cabeça postar. Mas é impressionante como em um espaço tão curto de tempo a cabeça da gente pode mudar, como muitas coisas podem acontecer. Me assusta que, quando a gente percebe que nosso tempo é tão curto, a gente passe a dar um valor completamente diferente a tudo, querendo fazer algumas coisas e desfazer outras. Ou seja, quer aprender a viver denovo.

Sabe, já tem um tempo que tenho me sentido assim, pressionado, não só pelo vestibular e pela cobrança dos meus pais, na verdade, se fosse apenas isso eu provavelmente nem estaria escrevendo aqui agora, mas por anseios da alma. Experiencias que eu gostaria de reviver e reconstruir. Oportunidades que reviveria se pudesse, e erros que sonho um dia poder esquecer.

Isso me faz pensar, se eu tivesse acertado, se não quisesse mudar nada, se tivesse aproveitado oportunidades, o que seria de mim? Não estaria aqui questionando, batalhando por resoluções, tentando entender o propósito desse teatro da vida. Estaria estagnado, apenas sobrevivendo sem viver, escrevendo sem sentir, pensando sem sonhar. Seria melhor então voltar atrás e reescrever minha própria história ou lutar no hoje pelos sonhos de amanhã?

O que aprendi não vou esquecer, pessoas me ensinaram muitas lições sobre a vida, algumas simples, outras nem tanto. E tendo essas pessoas boas ou más intenções eu as agradeço. É do que me disseram que tiro minha filosofia, é pela importância deles na minha vida que guio minhas emoções. Às pessoas que me fizeram bem agradeço por terem me ajudado a suportar. Às pessoas que me fizeram mal sou muito grato pela experiência e pelos aprendizados que fui obrigado a absorver.

Agora o ano está finalmente acabando. Mas esse, pelo menos pra mim, não é só um ano qualquer. É um ano decisivo, um ano que vai mudar minha vida pra sempre. Não só por escolher o que serei pelo resto da vida, mas por ter que me despedir de pessoas que me construiram, que me fizeram ser o que sou hoje. Ter que me despedir de pessoas que fazem não só parte da minha vida, mas parte do meu ser. De alguns eu nem sentirei falta, não fará diferença me despedir de quem não se importa, de quem só se lembra que eu existo quando quer algo que eu tenho. O que me parte o coração é ter que me despedir de pessoas que eu amo. Dar adeus as pessoas que eu não esquecerei nem em uma eterninade. Não vou citar nomes, mas quem me conhece sabe de quem eu estou falando. Pra ser mais objetivo, tenho medo de ser empurrado a um beco sem saída e ter que me despedir da garota que encontrei pra ser a mulher da minha vida.

Sei o que devem estar pensando: "Ahh, é mais baboseira sobre amores adolescentes que passam como vem". Mas não é. É algo que me impulsiona, que me faz sonhar. O que mais me constrói como ser humano. Já vivi alguns romances, algumas decepções, sei então o que não é real. Mas isto que estou vivendo, esse turbilhão emocional que perdura a mais de dois anos, sentimentos mais puros do que eu algum dia poderia imaginar, este misto maravilhoso de realidade com sonho(esteja eu acordado eu não) é o que me faz prosseguir, e nunca tive tanta certeza: É este amor que me faz vivo e feliz. É nele que me inspiro para escrever textos, poesias, fazer desenhos, sonhar e mover a roda da minha fértil imaginação. E é a essa pessoa que devo agradecer pelo dom que me foi por ela concedido de amar a vida, tanto alheia quanto a minha própria.

Não sei porque estou tão preocupado, a probabilidade de me separar dessa pessoa não é grande, na verdade, de acordo com espectativas ela se torna insignificante, e mesmo no caso de uma distância forçada pelo destino, esta poderá ser vencida com facilidade sempre que houver tempo. Mas mesmo ínfima, essa oportunidade pra mim se torna angustiante e torturante.

Agradeço aos meus leitores, mesmo aos que não tiverem entendido estes recados, por sua gentil atenção. Agradeço a essa pessoa em especial. Você sabe que meu coração foi seu no momento em que te conheci e sempre será, não importa o que a vida venha a me trazer. Por construir meus sonhos e moldar minha alma, eu agradeço.

Nós só damos valor ao que realmente importa quando já perdemos ou nos deparamos com situações em que podemos perder. Se não fosse pelo fim, o meio seria esquecido. Temos o péssimo hábito de disperdiçar o que temos só para desejar novamente quando perdemos. Por isso me arrependo, por isso agradeço.

Se o tempo não acabasse, não teria nenhum valor.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Tropa de Elite 2


Bem pessoas, sei que já postei hoje, mas não pude me conter depois de assistir essa maravilhosa obra de arte hoje. Aqui vai então uma resenha amadora e nada profissional.

Boa parte das pessoas está com aquela clássica pergunta sobre continuações na cabeça: Será que é tão bom quanto o primeiro?. Bem, não posso falar por todos, mas acredito que a grande maioria que assistir vai concordar comigo. Não só tão bom quanto, mas muito melhor. E isso em todos os sentidos. O filme está muito mais complexo, muito mais trabalhado e inteligente. Isso sem falar na emoção que os persongens nos trazem. Só para exemplificar foram duas vezes durante o filme que eu senti um nó na garganta de tristeza e três vezes em que nõ só eu, mas como todo o público aplaudiu o filme. Sendo que a últim vez, nos créditos,os aplausos se deram de pé.

É claro que o filme é recheado de ação por todos os lados, mas o mais importante é realmente a história. Se você achou que o primeiro já foi de explodir cabeças do início ao fim, não imagina o que essa maravilhosa continuação traz. Tudo é explorado: a história do Rio, as milícas, intrigas políticas, corrupção, e novamente a vida particular do ex-capitão(agora coronel) Nascimento, que está mais motherfucker do que nunca, lutando contra um inimigo maior do que poderia imaginar.

Uma coisa que achei bem interessante é que esse filme fugiu um pouco de seu antecessor colocando o Bope como um "personagem secundário" na trama, que chega até a ser manipulável e estar sujeito falhas, para dar mais espaço e importância para as corrupções e tramas dos personagens. O Bope em si está mais humano, o que é muito bem refletido no personagem André Matias. Não vou falar nada da história do filme pois surpresa total é bem melhor(por isso eu evito de assistir trailers), então corram para os cinemas para descobrirem o que se passa nessa fantástica obra de arte.


As atuações estão impecáveis. Wagner Moura transmte tudo aquilo que seu personagem é e representa: Solidão e conflito. André Ramiro mostra a rebeldia e determinção fora de série, ao mesmo tempo que é enganado, tornando ele mesmo e até o Bope uma peça no teatro da corrupção. Tudo isso torna esse não só um filme marcante, mas um dos melhores filmes que eu já vi na vida.

Dei uma procurada para postar aqui pra vocês a sinopse do filme, mas cheguei a conclusão de que ela não chega aos pés do que o filme é. Parece extremamente boba diante da grandeza da obra, mas mesmo assim aqui está para os curiosos.

Sinopse
2010. Nascimento enfrenta um novo inimigo: as milícias. Ao bater de frente com o sistema que domina o Rio de Janeiro, ele descobre que o problema é muito maior do que imaginava. E não é só. Ele precisa equilibrar o desafio de pacificar uma cidade ocupada pelo crime com as constantes preocupações com o filho adolescente. Quando o universo pessoal e o profissional de Nascimento se encontram, o resultado é explosivo.

A conclusão a que cheguei faz um tempo está se provando cada vez maiscorreta: O cinema brasileiro está melhorando cada vez mais, se renovando e ganhando espaço no coração do povo, que até pouco tempo só via o preconceito. Eu tenho alguns amigos que estão interessados pela área do cinema, e para esses eu digo, não há hora melhor de correr atrás deste sonho do que agora.

Se alguém já assistiu e quer ver denovo por favor me chame. E se você ainda não assistiu corra parao cinema. E por favor me chame.